sexta-feira, 21 de maio de 2010
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
38. Donnie Darko e Frank (o coelho demoníaco) a visionarem Evil Dead
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sábado, 4 de agosto de 2007
37. Like a Virgin segundo Tarantino, em Reservoir Dogs
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sexta-feira, 3 de agosto de 2007
36. Anna Magnani em Wild is The Wind
Filme a preto e branco: Wild is the Wind (1957), de George Cukor.
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quinta-feira, 19 de julho de 2007
35. O grito de revolta de Cidália em Ganhar a Vida
Estes emigrantes já não têm nação porque nunca vão ser cidadãos plenos do país para onde emigraram nem nunca mais vão conseguir estar plenamente integrados no país de onde vieram, mas Cidália não aceita que o mesmo aconteça à geração seguinte. E aqui é que começa o verdadeiro problema, ou seja, na segunda geração. Como Cidália diz “os nossos filhos nasceram na França, falam francês, esta é a terra onde eles nasceram e é a terra que a gente escolheu para eles crescerem”. A segunda geração já não se resigna porque não entende porque é que têm que ser cidadãos de segunda. Todo este contexto é retratado de forma singular e realista neste filme (ver crítica completa ao filme aqui).
A sequência do filme que quero destacar começa com um espectáculo de música popular (com a participação de Romana, que encaixa que nem uma luva neste contexto) e com a subida de Cidália ao palco onde, segura e emocionada, profere as palavras que reproduzo de seguida:
“Eu queria só dizer uma coisa! A gente tá aqui no que é nosso. É isto que eu queria dizer! Meu filho foi morto mas parece que ninguém se importa. Ninguém quer saber. É como se não tivesse acontecido nada. Mas eu acho que vocês deviam de importar e deviam querer saber. Deviam querer fazer qualquer coisa. A gente vive aqui, a gente não vive noutro lado. A gente tá aqui no que é nosso. E os nossos filhos nasceram na França, falam francês, esta é a terra onde eles nasceram e é a terra que a gente escolheu para eles crescerem. É isto que eu queria dizer!”
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segunda-feira, 16 de julho de 2007
34. A homenagem a Pam Grier em Jackie Brown
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33. A entrada triunfal em cena de Jack Sparrow
Destaco a cena em que o Capitão Jack Sparrow apresenta-se aos espectadores. A câmara foca um imponente pirata no topo do seu barco, a olhar para o horizonte mas mal temos a percepção total do estado do barco as gargalhadas são inevitáveis. Com a ajuda dum balde o barco - que mete água por todos os lados - aproxima-se do porto e o pirata Sparrow, directamente do topo do mastro, no exacto momento em que o barco afunda definitivamente, dá um passo seguro para o porto. A partir do "desembarque" o "afectado" Sparrow dá largas a todos os seus tiques - efeminados - e caminha triunfante pelo cais, como se nada tivesse acontecido. Um trabalho notável de actor que faz toda a diferença neste filme.
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sexta-feira, 13 de julho de 2007
32. Gordon Gekko em Wall Street
"The richest one percent of this country owns half our country's wealth, five trillion dollars. One third of that comes from hard work, two thirds comes from inheritance, interest on interest accumulating to widows and idiot sons and what I do, stock and real estate speculation. It's bullshit. You got ninety percent of the American public out there with little or no net worth. I create nothing. I own. We make the rules, pal. The news, war, peace, famine, upheaval, the price per paper clip. We pick that rabbit out of the hat while everybody sits out there wondering how the hell we did it. Now you're not naive enough to think we're living in a democracy, are you buddy? It's the free market. And you're a part of it. You've got that killer instinct. Stick around pal, I've still got a lot to teach you."
Gordon Gekko a Bud Fox (Charlie Sheen), seu "aprendiz"
"The point is, ladies and gentleman, that greed, for lack of a better word, is good. Greed is right, greed works. Greed clarifies, cuts through, and captures the essence of the evolutionary spirit. Greed, in all of its forms; greed for life, for money, for love, knowledge has marked the upward surge of mankind. And greed, you mark my words, will not only save Teldar Paper, but that other malfunctioning corporation called the USA. Thank you very much."
Gordon Gekko na Assembleia Geral de accionistas da Teldar Paper
"I don't throw darts at a board. I bet on sure things. Read Sun-tzu, The Art of War. Every battle is won before it is ever fought."
Gordon Gekko a Bud Fox
Antes da queda Gordon Gekko olha para o seu aprendiz, Bud Fox (Charlie Sheen) e remata: "I opened the doors for you... showed you how the system works... the value of information... how to get it! (...) and this is how you fucking pay me back you cockroach! (...) I gave you Darien! I gave you your manhood* I gave you everything!".
* É curioso como a associação entre masculinidade e dinheiro funciona de forma natural e credível neste filme
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terça-feira, 10 de julho de 2007
31. O discurso final de Al Pacino em ... And Justice for All
Mas praticamente todos os personagens do filme são memoráveis, além do Al Pacino, advogado pobre e com problemas de consciência, tal como o seu colega que quase que enlouquece, o procurador que se está nas tintas para a justiça e que só se preocupa com a sua carreira política, o juíz integro, sado masoquista e violador, o outro juíz, amigo do Al Pacino, com tendências suicidas, a própria namorada, talvez o personagem mais fraco que enquanto dormia com o Al Pacino fazia parte de uma comissão que o investigava, etc.
E o próprio script do filme que é um dos scripts mais criticos para a justiça americana que vi até à data.
Se me abandonassem numa ilha deserta com uma TV, um leitor de video, uma central solar e dez videos, este, juntamente com o Apocalipse Redux e o Spartacus do Stanley Kubrick, estariam certamente entre os dez.
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30. Encontro de gigantes em The Score
Como curiosidade este é o único filme em que DeNiro e Brando contracenam apesar de já terem interpretado a mesma personagem, Vito Corleone, na saga Godfather. Outra curiosidade, que pode muito bem ser um mito de Hollywood, é que Brando apareceu em diversas cenas deste filme sem calças para obrigar o realizador a não abusar de planos muito abertos, que colocariam a nú (literalmente) o seu evidente excesso de peso.
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domingo, 1 de julho de 2007
29. O encontro entre Woodward e Deep Throat em All the President's Men
Escolhi uma cena que, na minha opinião, é crucial tanto para a investigação como para o filme, ou seja, o primeiro encontro de Woodward com o já mítico "Deep Throat" ("Garganta Funda"). O "Deep Throat" é uma das figuras centrais desta investigação e é ele que une todas as pontas soltas e os fragmentos da história e, num qualquer estacionamento subterrâneo, a fumar um cigarro, no meio das sombras retira a investigação do ponto morto:
Deep Throat: "Forget the myths the media's created about the White House. The truth is, these are not very bright guys... and things got out of hand. (...) Follow the money."
Woodward: "What do you mean? Where?"
Deep Throat: "I can't tell you that."
Woodward: "But you could tell me that."
Deep Throat: "No, i have to do this my way. You tell me what you know and i'll confirm. I'll keep you in the right direction if i can, but that's all. Just follow the money."
O rasto, do dinheiro claro, foi dar directamente a Nixon. Um excelente filme para (re)ver e para reflectir sobre a liberdade de imprensa.
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quarta-feira, 20 de junho de 2007
Questionário
O que é para ti um MAU filme?
Responder a esta questão não é fácil uma vez que, conforme o género, a definição de mau filme pode e deve variar. Um drama que não emociona, um filme de terror que não assusta ou um filme histórico que não empolga podem facilmente caber nesta categoria. Mas essencialmente, e este argumento é válido para qualquer género, considero maus filmes todos aqueles que alimentam a mediocridade de ideias, todos aqueles que se divorciam do conceito de arte e cedem aos mais puros conceitos comerciais e, mais importante que tudo, que não despertam qualquer tipo de emoção.
Não posso dizer depende? Há "remakes" absolutamente fenomenais (Departed é um exemplo recente dum bom "remake") e dentro desta categoria, há abordagens diferentes, ou seja, as que simplesmente actualizam um filme ou as que reinventam uma ideia presente no filme original. Também há sequelas muito bem conseguidas (Godfather é um bom exemplo) e distingo, dentro desta categoria, as que inovam ou as que apenas utilizam a boleia comercial do primeiro filme. Se tivesse que escolher diria que há mais bons exemplos de "remakes" do que de "sequelas" mas aviso, desde já, que nunca abdicaria, se fosse o dono dum estúdio, de dar carta branca a certos realizadores para fazerem sequelas. Ainda olho com nostalgia o tempo em que os realizadores tinham mais controlo criativo sobre os filmes (década de 70 e início da de 80).
Antes de mais a questão do financiamento tem que mudar radicalmente. Tem que haver mais apetência ao risco por parte do investimento privado e menos controlo por parte de comissões sobre que filmes podem ser feitos em Portugal. Realizadores de enorme talento como Marco Martins e João Canijo têm imensas dificuldades em filmar. Posto isto gostaria que o cinema português aproveitasse o imenso espólio literário que o país possui e apostasse em argumentos adaptados inspirados nesse espólio. Sem excesso de formalismo, sem excesso de teatralismo e conjugando o cinema de autor com as expectativas do público. Tenho, adicionalmente, um sonho antigo, concretizando, ver a cidade do Porto como cenário dum bom filme de terror, ou alguém duvida que o cinzentismo da cidade, as suas ruas estreitas, as suas arcadas sombrias e o seu clima londrino dariam um excelente cenário para um filme de terror?
Como diria a personagem de Kathy Bates em Misery estou farto que me tratem por estúpido no cinema e quando alguém é empurrado para um precipício devia ser proibido haver um pequeno arbusto que salve o protagonista.
Qual o teu fan video preferido?
Não tenho.
Inominável
Espaço Cinzento
Devaneios Desintéricos (por vingança por outro desafio ;))
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segunda-feira, 18 de junho de 2007
28. 12 Angry Men
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domingo, 27 de maio de 2007
27. O Sacrifício de Ripley
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sábado, 26 de maio de 2007
26. Ripley armada até aos dentes
Ripley: Yes, there are.
Newt: Why do they tell little kids that?
Ripley: Most of the time it's true.
Aliens (1986 - James Cameron) pouco herda de Alien (1979 - Ridley Scott). Se o filme de Ridley Scott é um filme de terror e suspense este, o de James Cameron, é um filme de acção, menos cerebral e complexo. As emoções são simples e as personagens menos ambíguas. Mas não deixa de ser um excelente filme de acção.
Destaco a cena em que Ripley (Sigourney Weaver), reinventada como heroína de acção numa antecâmara do que Cameron faria com Linda Hamilton em T2, arrisca tudo para salvar a menina (Newt - Carrie Henn) que a tinha adoptado como mãe. Armada até aos dentes Ripley entra no covil da Rainha (outra invenção de Cameron, desta vez sem o toque de Giger na construção do aspecto do Alien) e, com uma crueldade que só uma mulher consegue ter com outra mulher, resgata da influência da Rainha Newt, deixando um rastro de destruição imparável. A certa altura Ripley dispara "Get away from her, you bitch!".
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25. O Alien a sair do peito de Kane
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segunda-feira, 21 de maio de 2007
24. O derradeiro sacrifício
Sam: Do you remember the Shire, Mr. Frodo? It'll be spring soon. And the orchards will be in blossom. And the birds will be nesting in the hazel thicket. And they'll be sowing the summer barley in the lower fields... and eating the first of the strawberries with cream. Do you remember the taste of strawberries?
Frodo: No, Sam. I can't recall the taste of food... nor the sound of water... nor the touch of grass. I'm... naked in the dark, with nothing, no veil... between me... and the wheel of fire! I can see him... with my waking eyes!
Sam: Then let us be rid of it... once and for all! Come on, Mr. Frodo. I can't carry it for you... but I can carry you!
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23. O voyeurismo do público ou O cineasta que espia as suas criações
É uma história simples em que o protagonista está imobilizado depois de um acidente e resolve passar o tempo a espreitar a vida dos vizinhos da janela do seu apartamento.
Apesar de ser um filme antigo, é um filme de eleição, o espectador tem o mesmo ângulo de visão do protagonista.
O escritor e biógrafo do cineasta, Bruno Villien, vai mais longe e afirma: “O voyeurismo do público faz eco ao do criador. É, em princípio, o cineasta que espia as suas criações, faz com que estas sofram, filma-as para deleite dos espectadores.”
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domingo, 29 de abril de 2007
22. A sequência do lago em Herói
Escolhi a sequência do lago de entre três cenas que achei mais "memoráveis" porque é duma beleza visual estonteante e por causa dum pormenor que achei particularmente bem conseguido. Por curiosidade as cenas excluídas são a batalha no bosque entre Lua (Ziyi Zhang) e Neve Esvoaçante (Maggie Cheung) e a cena final do filme (esta porque não quero colocar aqui o final do filme). A sequência do lago - o confronto entre Sem Nome (Jet Li) e Espada Partida (Tony Leung) - foi filmada num local de particular beleza natural na região de Jiuzhaigou. Filmar num local como este é, já por si, uma mais valia para a cena e a mistura entre efeitos digitais e filmagens no local dos actores através dum complexo sistema de gruas resulta numa luta que parece um bailado celestial, à volta do local onde jaz sem vida Neve Esvoaçante. Durante a batalha há uma fase em que pequenas gotas de água são atiradas na direcção de cada um dos protagonistas da batalha e, a certa altura, uma gota atinge o rosto de Neve Esvoaçante. Espada Partida voa, sim voa, em direcção à sua amada e apara a gota que se confunde com uma lágrima. Perante este gesto Sem Nome interrompe o seu ataque já na sua fase final. Ainda que seja uma batalha mental, ainda que apenas uma versão da história que se desenrola, esta cena é realmente "memorável".
Como curiosidade o lago da região de Jiuzhaigou só tem as águas sem movimento durante duas horas do dia e, por isso, as filmagens desta cena duraram muitos dias. Após estas filmagens estão proibidas novas filmagens neste local uma vez que a equipa do filme Herói deixou um excessivo rasto de poluição no local.
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21. "I have crossed oceans of time to find you"
* Do filme Drácula de Bram StoKer (1992 - Francis Ford Coppola). Esta frase está contida na cena do reencontro, após séculos de separação, entre Vlad Tepes / Drácula (Gary Oldman) e Elisabeta / Mina Murray (Winona Ryder)
Postado por Ricardo às 18:34 0 comentários